segunda-feira, 18 de julho de 2011

Texto - Luxúria

Luxúria

Curvas sinuosas, pés deliciosos e uma boca carnuda cheia de desejo. Cada movimento é um delírio, cada expressão de seu rosto uma arte. Um cenário imaginário, onde todos suplicam diante do altar.

Cabelos ao vento, pele nua. O cheiro do prazer está no ar. Alguns não resistem, poucos dominam e todos apreciam esse anoitecer. O pecado é inevitável quando se depara com a luxúria num corpo perigoso. De fato, ela está pronta para atingir o seu alvo.

A carne pulsa e o sangue se torna ainda mais vermelho. O coração dispara ao tocar seus seios. A união dos corpos entrelaça um sentimento inexplicável. Tanta paixão nesse ato de libertação da alma que é difícil não se render aos seus beijos. E agora, como fugir?

Corpos despidos se agarram ao doce som do vento batendo na janela. Devoram-se como animais selvagens, ela é simplesmente fatal. Suas pernas se abrem num caminho de intenso prazer. Mãos, taças de vinho e gemidos formam um aroma de luxúria solto pelo ar.


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