A Revolução dos Bichos
George Orwell
O sonho
de um velho porco de criar uma granja governada por animais, sem a exploração
dos homens, concretiza-se com uma revolução. Como acontecem com as revoluções,
a dos bichos também está fadada à tirania, com a ascensão de uma nova casta ao
poder. Nesta fábula feita sob medida para a Revolução Russa, todos os animais
são iguais, mas uns são mais iguais do que os outros.
Síntese
Num belo
dia, os animais da fazenda do sr. Jones se dão conta da vida indigna a que são
submetidos: eles se matam de trabalhar para os homens, lhes dão todas as suas
energias em troca de uma ração miserável, para ao final serem abatidos sem
piedade. Liderados por um grupo de porcos, os bichos então expulsam o
fazendeiro de sua propriedade e pretendem fazer dela um Estado em que todos
serão iguais.
Logo
começam as disputas internas, as perseguições e a exploração do bicho pelo
bicho, que farão da granja um arremedo grotesco da sociedade humana.
Publicada
em 1945, A Revolução dos Bichos foi imediatamente interpretada
como uma fábula satírica sobre os descaminhos da Revolução Russa, chegando a
ter sido utilizada pela propaganda anticomunista.
A novela
de George Orwell de fato fazia uma dura crítica ao totalitarismo soviético; mas
seu sentido transcende amplamente o contexto do regime stalinista.
Mais do
que nunca esta pequena obra-prima da ficção inglesa parece falar aos nossos
dias, quando a concentração de poder e de riquezas, a manipulação da informação
e as desigualdades sociais parecem atingir um ápice histórico.
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